Identidade é um tema muito falado e que precisa ser aprofundado.
Eu não tinha dimensão do quão importante e necessário é a nossa identidade como filhos de Deus estar bem definida dentro de nós. Resumidamente, é sobre experimentar o profundo e eterno amor de Deus e aceitar a Sua paternidade. Porquê nossa identidade não é definida pelo o que fazemos, um dia o serviço acabará, mas continuaremos sendo filhos.

Meu exercício diário é depender de Deus e viver mergulhando em Seu amor através da adoração particular. É o meu ''medicamento'' para alinhar a minha alma em Deus e reforçar que dependo dEle como meu Pai.
Estou gerando este conteúdo há dias, mas acredito que posso começar a falar sobre, pois quando compartilhamos aprendemos ainda mais.
Existe os órfãos e os que são filhos. E há muitas diferenças entre si. Desde comportamentos, visão de mundo, modo de se relacionar como sociedade, autoaceitação e tudo que vem agora em sua mente ao pensar sobre essas classificações opostas.
Eu conheci o Senhor aos meus 12 anos de idade e somente aos 15 anos eu estava profundamente tocada pelo amor de Deus e o descobri como o Pai que nunca tive ao ler e ouvir o Salmos 139. Nunca vou me esquecer do que chamo de batismo de amor que recebi no meu espírito, e naquele instante tirou a minha alma do profundo poço da depressão em que eu vivia por tantos anos por traumas da minha pré-adolescência. Eu posso dizer que o Jeová Rafa me encontrou naquela noite e começou a boa obra em mim. Êx 15v26.
Pude ouvir ecoando dentro de mim:
''Não importa o que aconteceu, Eu Sou o seu Pai, você tem pai e Eu Sou''
Por quê estou te contando tudo isso? Não tem como falar de identidade sem conhecer a nossa origem, a paternidade divina que nos dá propósito de viver. Eu me envolvi com música muito cedo através da igreja, mas só consegui realmente adorar a Deus através da música quando eu fui curada em minha identidade através da paternidade dEle.
Demorei para entender na prática que a graça é um presente imerecido dado por Deus a humanidade, e o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo. (Rm. 5v3-18). Não há nada que eu faça poderá aumentar o amor de Deus por mim. Ele amou a humanidade de tal maneira, que deu seu único filho, para que todo aquele que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3v16).
Olhando para a cruz de Cristo desconstruiu muitas coisas dentro de mim. Primeiramente a culpa que atribuía a Deus pelos meus sofrimentos caiu aos pés de Cristo, ao entender o sacrifício de amor que mesmo sendo Ele o primogênito e único Filho legítimo de Deus o fez sem hesitar. Se Deus não poupou o próprio Filho do sofrimento, quem sou para estar ilesa das armadilhas do diabo?
Jesus mesmo sendo levado pelo Espírito Santo ao deserto, foi tentado pelo diabo diretamente em sua identidade. Ele chegou falando para Cristo: ''Se tu és o Filho de Deus...'' Do mesmo modo, somos confrontados constantemente na mesma área.
Quais são os sinais da orfandade e da filiação eterna?
O órfão vive a mentalidade de que não é amado, aceito e importante. E seus mecanismos de defesa para sobreviver muitas vezes é a agressividade, desconfiança quando alguém tenta agradá-lo, tem dificuldade em demonstrar vulnerabilidade, tem profundas raízes de amargura, comparação a outros constantemente, sente inveja, dificuldades em liberar perdão, entre outros sentimentos que amarram a vida do ser humano.
O filho que encontrou o amor de Deus tem as características totalmente ao contrário do órfão. Ele não precisa ser aprovado por terceiros porquê ele e o Pai são um.
Não faz nada por meritocracia, porquê sabe que a herança já é dele, o que importa é agradar o Pai.
Sabe honrar e ser honrado. Não tem medo de se expor porquê o amor de Deus é o suficiente para dar a segurança e a estabilidade que precisa, mesmo nos momentos difíceis.
Não finge sentir-se amado, ele sabe quem é em Deus e isso lhe é suficiente. O Espírito Santo restaura a identidade de filho a tão ponto, que todas as outras coisas se tornam secundárias em sua vida. E mesmo quando falha sabe o seu lugar no Reino do seu Pai.
Você já imaginou quantas pessoas frequentam igrejas, fazem parte do presbitério, mas ainda sentem-se como órfãos?
Eu te respondo: Muitas. Os sintomas e comportamentos comprovam isso.
Analise a si mesmo já que estamos a sós por aqui...
Quantas vezes você alimentou um sentimento de meninice? Falta de perdão, necessidade de cumprimento de outros irmãos influentes em sua igreja por exemplo?
Sente-se inferior a outro ministro porque ele performa melhor do que você ou tem mais conhecimento e experiência?
Quantas vezes comparou ou focou em mostrar o seu talento aos outros?
Sente-se dependente de terceiros para ter comunhão com o Pai. Exemplo: Precisa ser conduzido por uma canção, receber oração em posição de mãos constantemente ou uma palavra profética ou de elogio.
Sente inveja do(a) irmão(a) que faz o mesmo ofício que você e sente uma competição interna, toda vez que você não está na escala e tem que receber a ministração dessa pessoa.
Tem necessidade de elogio, palavras de afirmação e encorajamento frequente. Se não o culto não foi tão bom se ninguém elogiou a sua ministração.
Já pensou em não faltar na escala, pois sente o risco de ''perder seu lugar'' para outra pessoa.
Exerce o ofício ministerial porquê através dele se sente importante e amado por todos.
Valoriza demasiadamente seu conhecimento, porque no fundo sente-se maior do que os demais por isso.
Tem necessidade de servir 24h no ministério, pois acredita que o quanto mais fizer, mais será bem visto aos olhos do Pai, e por isso será mais favorecido que os demais e amado por Deus.
Reproduz com Deus o mesmo comportamento com seu pai terreno: conversa quando necessário (maioria das vezes só pra pedir), só o presenteia em datas comemorativas, não consegue abraçá-lo e conversar olhando nos olhos.
Precisa analisar constantemente se os demais estão fazendo corretamente o mesmo ofício que você, pois seu conhecimento pesa mais e faz questão de demonstrar isso.
Não enfrenta os desafios que recebe, pois primazia o domínio do medo, timidez e insegurança alinhada ao ego.
E aí? Reconheceu alguma característica? Se sim, não se desespere. Hoje é a sua oportunidade de mergulhar no amor do Pai e ser curado da orfandade, e sentir no seu íntimo o quanto é filho(a) amado(a) do Altíssimo.
Ore pedindo ao Pai: Reconheça o senhorio de Cristo em sua vida e peça para lhe perdoar de todos os sentimentos e ações provenientes da orfandade: invejas, murmurações, orgulho, ofensas, por ter alimentado sentimento de ódio por outras pessoas. Se fez calúnias ou se perseguiu pessoas. Arrependa-se de todo o coração e o Pai lhe perdoará.
Agradeça o amor do Senhor que lhe alcançou e por compreender que nada pode te separar do amor do Pai que está em Jesus.
Renda-se a paternidade de Deus e aceite em seu coração o amor Dele por completo sem medo, pois Ele te amou quando você ainda era um ímpio e nada tinha para oferecer a Ele.
Peça agora o abraço do Pai e seja cheio do verdadeiro amor através do Espírito Santo.
''Mas, a todos quantos o
receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no
seu nome; Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da
vontade do homem, mas de Deus.'' João
1v12-13
Deus te abençoe com toda a sorte de bençãos amado irmão. Por favor, compartilhe essa semente com pelo menos uma pessoa.