Qual foi a primeira música de louvor registrado na Bíblia?

Você já deve ter ouvido falar e é verdade que a música foi criada antes da fundação do mundo em que vivemos.
Segundo a Bíblia em Ezequiel 28v12-13 fala-nos que a música foi instituída por Deus, no céu, a fim de ser executada pelos seres criados para adoração ao Criador, e a liderança da primeira orquestra estava na responsabilidade de Lúcifer que se tornou Satanás pela corrupção do seu coração (v17 e Isaías 14 v13-14) e com ele foram a terça parte dos anjos celestiais por escolherem o orgulho e a vanglória.

Quando a humanidade aprendeu essa habilidade?

A inteligência herdada de Adão depois de ter comido da árvore da sabedoria foi a causa que ajudou as descobertas no campo da técnica, indústria, agricultura, economia e artes. Com o progresso das descobertas a cada dia aumentava também a decadência moral pelo orgulho e voluptuosidade do homem desligado da essência divina. Cada vez mais agravou a descoberta de instrumentos destrutivos a própria humanidade.
Na Torá (Pentateuco) em Gênesis 4 v20-21 nos diz que o primeiro músico foi Jubal (Iubal), conforme texto extraído do relato bíblico: “O nome de seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta

Juntamente com seu meio-irmão Tubal-Caim artífice de cobre e ferro, se tornando a 6º geração de Caim e os primeiros artistas da humanidade registrados na história (datando por volta do ano 6 mil a.C - Idade dos Metais e fim da pré-história).


Quando a música foi usada na Terra para adoração a Deus?


A autoria do primeiro cântico de vitória/gratidão é de Moisés e pode ser encontrado no livro de Êxodo 15v 1-19, este é o documento poético mais antigo da literatura hebraica, além deste o Salmo 90 também é de autoria de Moisés. O segundo cântico do qual se tem relato é o entoado por Miriam durante a peregrinação.


Esta composição é animada por uma verdadeira emoção que revela a alegria da salvação e sua fé e confiança em Deus. Moisés soube expressar com palavras tudo o que sua alma sentiu a propósito do maravilhoso acontecimento.

Em matéria de poesia, os hebreus não usavam a versificação. A esse respeito, o historiador Flávio Josefo explica que o canto de Moisés, assim como a sua benção às doze tribos, escritas no final do Pentateuco (Dt. 33), foram hexâmetro, enquanto Davi fez alguns de seus salmos em trímetros e outros em pentâmetros. O mesmo historiador afirma que a beleza desse cântico é insuperável e sua tradução em qualquer idioma faz perder a majestade e diminui o grande sentido de suas palavras.

Nas sinagogas judaicas são cantados até hoje em hebraico essa canção com alegria.

Escute-a aqui e deixei seu espírito receber a mesma porção de alegria do Senhor.


Moisés havia sido instruído nas ciências e música pelos sacerdotes egípcios. A música desempenhava no Egito um importante papel na época, não apenas na vida diária do povo, e em festivais de estilo secular, mas também no serviço religioso. Mas somente Moisés usou seu talento musical de forma esplêndida para celebrar o extraordinário feito de Deus de quebrar as próprias regras da natureza que Ele mesmo o fez, para libertar o seu povo escolhido.



Alguns rabinos e historiadores acreditam que este cântico é a primeira menção na Bíblia ao canto responsivo, quando um solo responde a um grupo coral, o solo de Moisés era entoado por ele respondido primeiramente por homens repetindo o estribilho e depois por um grupo de mulheres sob a direção de Miriam.

O verso uníssono (homens e mulheres) foi: ''Cantai ao Eterno, que gloriosamente Se enalteceu; cavalo e seu cavaleiro jogou no mar.''

Neste mesmo episódio Miriam pegou o tambor da mão de Arão e liderou todas as mulheres com adufes e danças repetindo o refrão citado acima.


O fato intrigante é que desde o dia que o Todo-Poderoso criou o mundo até o momento em que os filhos de Israel pisaram no fundo do mar, não se encontrou ninguém que Lhe entoasse um cântico a não ser o povo de Israel.

Abraão foi salvo do fogo e dos reis e não celebrou o evento com um canto; Isaac foi salvo da faca e nem por isso entoou um cântico; da mesma forma Jacob que escapou do anjo de Esaú e da gente de Shechem. Mas quando o povo de Israel chegou diante do mar e este separou-se, imediatamente Moisés compôs e ensinou ao povo e todos cantaram juntos.


Numerosas passagens da Bíblia destacam o gosto musical do povo judeu.

Os principais instrumentos usados naqueles tempos segundo a Torá foram:


Tof: Espécie de tambor (o adufe mencionado em Êxodo 15v20 usado pela profetisa Miriam)

Nebel: Espécie de lira de 10 a 12 cordas, traduzido para o Latim Nablium

Chalil: flauta

Shofar: Trombeta de chifre de carneiro

Chatsotserá: Trombeta usado pelos sacerdotes

Menaneim e Tseltselim: Espécie de címbalos (2 Samuel 6v25)

Kinor: Espécie de lira de 8 a 10 cordas, símbolo da alegria do qual o rei Davi era o grande mestre e com sua arte, levava consolo aos tormentos morais e espirituais do rei Saul (1 Samuel 16v16).




Modelo de Tof/Adufe usado possivelmente por Miriam -
pandeiro quadrado com pele reseta dos dois lados.





Existe uma observação no comentário da Torá que fala da Midrash (Livro apócrifo) que possivelmente os anjos celestiais quiseram entoar seus cânticos para exaltar a grandeza do Todo-Poderoso, porém Deus não os permitiu e disse: ''As obras de Minhas mãos (os egípcios) se afogaram no mar, e vós elevais para Mim cânticos?''
Estas palavras ensinam que não é permitido alegrar-se com a derrota dos maus, quando sofrem ou morrem. A pessoa normalmente se alegra ao ver a justiça triunfar, porém Deus nos mostra que Ele não deseja a morte do malvado, mas o seu retorno ao bom caminho, para que ele viva (referindo-se a Ez. 18v23).

Deus não protestou contra Moisés e os israelitas que cantaram ao ver seus inimigos tragados pelo mar por que isso serviu de testemunho deste fato inédito na história e era um meio de compartilhar com a futura geração do grande feito dEle, o Yahweh - Eu Sou. 
Aos anjos não pertencia esse direito pois não haviam compartilhado da aflição e do sofrimento que o antecederam. 

Essa canção aponta para o arrebatamento final, onde a Igreja do Senhor estará livre dos seus inimigos espirituais definitivamente e celebrará naquele dia a graça abundante que recebeu do Senhor e a própria salvação eterna (Salvação em hebraico se escreve Yeshua = Jesus).  

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